quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Artista-retrato


Ser jovem é assim, buscar respostas para suas dúvidas e apreensões e muitas vezes, a forma de encontrar alguma explicação para todo esse turbilhão de emoções é se apegar a alguém ou algo e tornar-se um fã.

Os jovens costumam construir seu caráter e sua vida com o auxílio de outras pessoas e o que elas representam para estes dentro da sociedade dessa forma, surgem cada dia mais novos meios de conquistar o público jovem.

Os fenômenos midiáticos mais recentes são o grupo musical Rebeldes, o filme do canal a cabo Disney Channel High School Musical e a série de livros e filmes do bruxo Harry Potter.

Esses três fenômenos caem como uma luva para os adolescentes pois mexem com os sentimentos reprimidos de cada um fazendo com que todos almejem chegar ao mesmo patamar dos ídolos obtendo fama, popularidade, beleza, coragem, status social e realização pessoal.

Todos os programas, livros e filmes mencionados movimentam um mercado milionário com a venda de produtos relacionados desde cadernos até discursos ideológicos.

Os produtos veiculados constantemente na TV aberta ou a cabo, instigam as crianças e os adolescentes ao consumo exacerbado empregando o discurso mais presente na era do capitalismo, “você é o que você tem”.

Com a capacidade de influenciar os jovens com sua ideologia consumista, as grandes empresas vêem a possibilidade de lucrar rapidamente e em grande escala.

Vejam como o mundo pop adolescente é capaz de mudar a realidade de uma pessoa como a vida da autora da série Harry Potter que escreveu os primeiros livros quando estava desempregada e os vendeu por $ 4.000 dólares e hoje em dia ela é considerada uma das mulheres mais ricas do Reino Unido.

E o mundo pop continua sempre em evidência com novas caras e novos sucessos demonstrando o quão maleável é o mundo jovem já que este aceita os discursos empregados e toda essa máquina de produção de modismos.

E continuamos enriquecendo os cofres das grandes companhias e desses artistas relâmpago.

Para quem quiser conhecer um pouco dos quinze minutos de fama dos artistas-retrato aqui vai dois links:

http://www.disney.com.br/

http://www.rbdbr.kit.net/

Não é só ensinar a ler...

Pegando um gancho com a última postagem na qual tratei do 1º Salão do Jornalista Escritor, vou discutir com vocês um tema que ainda cerca nosso país que é o analfabetismo funcional.

Baseado na leitura de alguns textos e artigos podemos definir um analfabeto funcional como aquele indivíduo que tem a capacidade de ler e escrever mas não possui a habilidade de compreender os significados de textos escritos e de relacioná-los com sua realidade social.

Em artigo publicado no site Reescrevendo a Educação, a doutora em Educação pela PUC-SP, Vera Masagão Ribeiro afirma que: “ (...) além da preocupação com o analfabetismo, problema que ainda persiste nos países mais pobres e também no Brasil, emerge a preocupação com o alfabetismo, ou seja, com as capacidades e usos efetivos da leitura e escrita nas diferentes esferas da vida social”.

Para melhor avaliar as habilidades de leitura e escrita da população foi criado o Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional, o Inaf. O projeto data de 2001 e foi idealizado e concretizado por duas instituições não-governamentais, o Instituto Paulo Montenegro e a Ação Educativa. O objetivo do Indicador é segundo Vera Masagão Ribeiro: “(...) gerar informações que ajudem a dimensionar e compreender o fenômeno, fomentem o debate público sobre ele e orientem a formulação de políticas educacionais e propostas pedagógicas”.

Acesse e leia o artigo de Vera Masagão Ribeiro na íntegra:
http://www.reescrevendoaeducacao.com.br/2006/pages.php?recid=28

Desde sua criação o Indicador avalia pessoas entre 15 e 64 anos com
testes sobre sua capacidade de interpretação e seu acesso à educação, leitura e meios de informação como a Internet.

Os resultados do 5º Inaf realizados em 2005 mostram que 25% da população brasileira domina a leitura e a escrita. No mesmo estudo os piores resultados se apresentaram na população que compõe as classes C, D e E.

Mais detalhes da pesquisa realizada em 2005: (http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u17785.shtml)

As classes sociais mais atingidas demonstradas na pesquisa têm sérios
problemas com a falta de boas escolas públicas, um ensino planejado e também, com a falta de recursos.

Muitas escolas mantêm suas bibliotecas trancadas e sem o auxílio de profissionais para a organização das mesmas dessa forma, deixando muitos leitores sedentos por livros do lado de fora das bibliotecas.

Matéria sobre o acesso nas bibliotecas:
(http://www.abrelivros.org.br/abrelivros/texto.asp?id=2512)

Um dos muitos problemas levantados sobre o tema é o fato de muitas pessoas alfabetizadas, que concluíram até a 4ª série, não terem motivação pela leitura ou busca de informações.

A motivação deve ser gerada nas escolas e também em casa, mas, sabemos que na maioria das vezes não é o que acontece, os alunos são obrigados a ler livros que não gostam e muitas vezes em casa esse costume não é empregado por vários motivos como a falta de instrução dos pais.

Muitos jovens têm condições de adquirir informações ou ler livros, mas pela simples falta de gosto, não buscam a interação com o mundo das letras e por isso, têm muita dificuldade de interpretar textos e também de redigir textos.

Comento isso por experiência, na minha atual profissão, lecionando Inglês, tento apresentar para meus poucos alunos a magia da imaginação gerada pela leitura mas a maioria simplesmente afirma que é muito chato ler livros e que o legal é usar a Internet apenas como uma grande sala de bate-papo.

Cada dia mais novos escritores surgem, novos livros são publicados para todos os gostos e idades, cada vez mais se dá valor as pessoas bem informadas, mas, acima de tudo, o nosso governo não é capaz de pensar e por em prática medidas que proporcionem mais acesso aos livros principalmente para as crianças e adolescentes.

Talvez um dia toda aquela produção de livros, histórias, reportagens e vontade de mudar que pude presenciar no 1º Salão do Jornalista Escritor, possam chegar na casa e entrar na vida da maioria da população.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

1º Salão do Jornalista Escritor


No último feriado ( praticamente um recesso) do dia 15 de novembro, ocorreu em São Paulo, no Memorial da América Latina, o 1º Salão do Jornalista Escritor.

O primeiro dia do Salão ( 15/11) foi repleto de apresentações como entrevistas com Luís Fernando Veríssimo e Ruy Castro além das palestras-debate com Heródoto Barbeiro, Ricardo Kotscho e com o diretor do Le Monde Diplomatique, Ignácio Ramonet.

Todas as exibições foram proveitosas e trouxeram para os futuros jornalistas em sua maioria, uma nova perspectiva do que é fazer Jornalismo no nosso país e um pouco das trajetórias dos ícones da imprensa nacional.

Link para conferir informações do que aconteceu no 1º dia do evento:
http://portalimprensa.uol.com.br/portal/ultimas_noticias/2007/11/16/imprensa15456.shtml

Alguém em Especial

Devo admitir que quem realmente me chamou a atenção por seu profissionalismo e sua paixão pelo Jornalismo, em específico a reportagem, foi Ricardo Kotscho.

Kotscho já fez muita história com suas reportagens e também com seus livros publicados, como o título “Do Golpe ao Planalto - uma vida de repórter”.

Histórias à parte, o novo projeto de Ricardo Kotscho é a publicação mensal “Brasileiros”, a revista já está em sua 5ª edição e mesmo sendo tão nova, faz muito sucesso entre as pessoas que querem ver na mídia um pouco mais de Brasil, como afirma o próprio Kotscho.

Quando fiquei sabendo do lançamento de “Brasileiros” o 3º exemplar já estava circulando. Comprei uma revista e logo me encantei ao saber que um dos responsáveis por ela era Kotscho.

Li a edição de setembro de 2007 como se estivesse tendo uma aula sobre reportagem, entrevista e de como se construir um bom texto.

Admito que nesta edição a matéria que mais gostei ( claro que apreciei toda a revista) foi feita por Ricardo Kotscho intitulada “Na cola do prefeito Kassab-gerente da lei e da ordem”.

A matéria apresentou o dia do prefeito da maior cidade da América Latina tornando assim, a administração de Gilberto Kassab visível ao público leitor da revista, mas, mesmo assim o atual prefeito não me convenceu de seu profissionalismo.

Lendo a reportagem percebi a leveza da narrativa de Kotscho e como ele constrói a informação de maneira clara como se estivesse contando uma história para uma criança.

Não estou aqui para vender a revista ou simplesmente fazer marketing, escrevo isto para relatar a minha experiência com a revista e com a palestra de Ricardo Kotscho que a todo o momento mostrou humildade e prazer pela profissão, algo no qual sempre acreditei.

Devo ressaltar aqui o meu pesar por grande parte da população não ter acesso a esse tipo de Jornalismo compromissado que Kotscho e muitos outros vem fazendo.

O site da revista dá uma breve noção da edição de cada mês desde seu lançamento e quem se interessar pode acessá-lo pelo link : http://www.revistabrasileiros.com.br/ .

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Mensagem de Natal


Pois é, o tempo voa, ou melhor, ele anda no ritmo dele, nós é que vivemos correndo atrás dele é, mas não tem jeito, o Natal e o Ano Novo estão aí.

As compras e toda aquela correria de final de ano ( sem nenhuma razão específica) começou mais cedo, os shoppings já exibem suas decorações caríssimas há mais de um mês e aí começam aquelas promoções que deixam todos loucos com seu consumismo à flor da pele e para completar, temos de agüentar a choradeira de crianças que lutam contra suas mães para não serem obrigadas a sentar no colo de mais um Bom Velhinho.

TIC-TAC, TIC-TAC, TIC-TAC...

O relógio não para e o Natal se aproxima.

Compras, filas, trânsito, compras, cartões de crédito, dívidas e mais filas e um pouco mais de trânsito...

UFA!

Nessa correria passamos o mês inteiro ata que, “HO-HO-HO CHEGOU O NATAL”.

Famílias reunidas, mesas fartas e todo aquele sentimento natalino no ar.

No fim, são montes de comida desperdiçados enquanto milhares de pessoas passam fome...Familiares discutindo, ressaca coletiva, presentes que não agradam e enfim, vem o desespero e a frustração.

O triste de todo final de ano é perceber o quanto nós, seres humanos que deveríamos ser sociais por excelência, demonstramos nossa capacidade de sermos individualistas e mesquinhos.

Passamos um ou dois meses esperando para nos reunirmos e confraternizarmos mas, acabamos sozinhos, revoltados e agüentando pelo resto de nossas vidas, aquelas histórias de fracasso natalino.

Que atire a primeira pedra quem nunca viveu uma situação assim!
Vejam que eu não sou a única que vê o Natal assim, até o Papa Bento XVI critica o consumismo de final de ano:
“Os fiéis devem estar atentos à contaminação do Natal". Fonte: IstoÉ Online

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Palestras de Jornalismo

A semana do dia 15 de outubro começou diferente para os alunos de Jornalismo da Universidade Anhembi Morumbi, os alunos puderam conferir várias palestras sobre o mundo das comunicações.

Tive a oportunidade de comparecer à duas palestras uma realizada na terça-feira(16/10) com o assessor de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo, Antônio Matielo e a outra na quinta-feira(18/10) com o cronista do Estado de São Paulo e também editor-chefe da revista National Geographic, Matthew Shirts.

Matielo falou de sua vasta experiência no Jornalismo impresso e no rádio mas acima de tudo esclareceu as dúvidas dos alunos sobre o trabalho de um jornalista em Assessoria de Imprensa pois este é um ramo do jornalismo que a maioria dos alunos discarta de suas opções.

Já Shirts comentou sobre sua trajetória até chegar ao Brasil e decidir permanecer aqui, também falou de algumas de suas gafes no começo de carreira já que não é graduado em Jornalismo e sempre se dedicou a trabalhos acadêmicos sobre cultura latino-americana.

Os dois palestrantes foram bem animados e deixaram os alunos com muita vontade de começar a trabalhar na área e viver algumas emoções pelas quais os palestrantes passaram. Creio que as duas palestras foram essenciais para trazer um nível de realidade maior sobre a nossa futura carreira.

Inconveniência

Após assistir ao filme "Uma verdade inconveniente" com Al Gore( Dir. David Guggenheim. 96 min. 2006) tirei tais conclusões:

Documentário-palestra produzido pelo ex-futuro presidente dos EUA, Al Gore. O vídeo baseia-se em pesquisas e no envolvimento pessoal de Gore pela preservação do meio ambiente frisando as causas do aquecimento global.

Durante sua palestra de 96 minutos Al Gore faz uma "maravilhosa" relação de sua carreira política com sua batalha ambiental.

Al Gore nos coloca uma pontinha de sentimentalismo para com sua maior perda, que foi a perda do trono presidencial norte-americano para George W. Bush. Vejam só, após esta terrível perda, o pobre Al viu como a única forma de se livrar da depressão o estudo e as palestras sobre a problemática ambiental que assola o planeta.

Pois é, a sua nobre luta e sua "Verdade inconveniente' foram parar nas telonas através de outro longa, "Os Simpsons-o filme', este dá uma leve cutucada em Al Gore mostrando que a única forma de sensibilizar o povo norte-americano sobre a questão ambiental é mexendo com suas rotinas ou radicalizando.

Quando nossa política mundial parar de se vender e fazer tudo pensando em poder, talvez nossas realidades possam mudar, enquanto isso, vale a pena assistir aos dois longas já citados e tirar suas próprias conclusões.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Essa Educação!!

Agora a nova moda para tentar resolver o problema da evasão escolar é pagar até dois salários mínimos para os alunos que obtiverem notas altas durante os anos letivos do Ensino Fundamental.

Essa é a nova política educacional da Secretaria Municipal de Educação da cidade do Rio de Janeiro que viu nessa proposta a única forma de manter os adolescentes na escola.

Ao invés de buscar formas para melhorar o sistema de ensino os nossos queridos governantes só conseguem subestimar a capacidade dos alunos e até dos professores que cada vez mais, encontram péssimas condições de exercer sua função.

Fica difícil acreditar em um país melhor.

Para mais informações vai o link da matéria na Folha Online:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u331154.shtml

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Por que Jornalismo?

O curso de Jornalismo veio como uma válvula de escape para as minhas dúvidas e indiginações com a situação política e principalmente social de nosso grandioso Brasil da injustiça.
Cada dia mais creio que não há solução para a nossa condição especialmente nesta semana que levamos mais uma rasteira do nosso poder público que não soube representar nosso povo.
Por essas e outras, a Comunicação exerce um papel muito importante para a construção da democracia, o díficil é lutar, quando nos bloqueiam as informações como no caso do julgamento de Renan Calheiros.
Não escolhi o curso porque acho que ele me dará status social ou dinheiro e sim, pela minha vontade de ajudar de alguma forma na construção de uma sociedade justa e bem informada já que a informação é capaz de construir uma população crítica.
Nossa imprensa está muito veiculada a idéia de imagem e na maioria das vezes a informação propriamente dita acaba se perdendo com o poder que a imagem exerce sobre o público e com isso o ideal que os estudantes de Jornalismo têm, eu por exemplo, acaba se perdendo em meio as diversas tecnologias que visam somente os lucros e não a credibilidade, algo mutio almejado por qualquer jornalista.