quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Para quem se interessou pelo tema do último post vale a dica de uma matéria publicada na Carta Capital dessa semana (30 de janeiro) que pode ser visualizada através do link: http://www.cartacapital.com.br/edicoes/480/o-mito-e-o-real

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

1968


No ano de 2008 vamos celebrar 40 anos do que podemos chamar de "revoluções de 1968" que marcaram a sociedade mundial e foram essenciais para lutas como os direitos dos trabalhadores e das mulheres.

Os meios de comunicação já estão atentos a essa celebração e já começaram a publicar textos e imagens que discutem a importância global de 1968, a revista Época já fez sua parte.
Um pouco de História
Para quem não sabe o que o ano de 1968 significou para a sociedade aqui vai alguns dados para se situar:
- As lutas que cercaram o mundo foram compostas por estudantes, trabalhadores e vários movimentos sociais;
- A principal reivindicação era a igualdade social, problema apresentado em todos os países do globo inclusive, os ricos;
- Nos EUA, a sociedade vai as ruas contra a Guerra do Vietnã que ainda estava longe de acabar;
- No Brasil, a ditadura militar e todo seu “endurecimento” com o AI-5 eram alvo das manifestações;
- O movimento feminista ganha força com a idéia de liberdade sexual e do controle da mulher sobre seu corpo;
- Na França, os trabalhadores lutam por melhores salários e os estudantes defendem o ensino público;
- O movimento hippie ganha força na tentativa de ir contra a sociedade de consumo;
- Na Tchecoslováquia acontece a Primavera de Praga, levante nacional contra a dominação soviética, reprimida com muita crueldade pela URSS;
- Mesmo não sendo caracterizada como uma revolução nos moldes tradicionais, 1968 pode ser chamado de ano das revoluções que mudaram sociedades e causaram rupturas;
- Os manifestantes mantinham a ideologia socialista mas sem negar as atrocidades na Tchecoslováquia, portanto, pregavam uma sociedade livre de qualquer tipo de governo.

Duas pichações feitas nos muros da Universidade de Berkeley em 1968, retratam os anseios dos manifestantes: a felicidade e a liberdade.
“A felicidade é o poder estudantil.”
“A ciência política não fala de felicidade.”


Fontes: Revoluções do século XX, Valladares, Eduardo &Berbel, Márcia. Editora Scipione. São Paulo, 2003.
Toda a História-História Geral e História do Brasil, Arruda, José Jobson de ª & Piletti, Nelson. Editora Ática. São Paulo, 2004.








quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Artista-retrato


Ser jovem é assim, buscar respostas para suas dúvidas e apreensões e muitas vezes, a forma de encontrar alguma explicação para todo esse turbilhão de emoções é se apegar a alguém ou algo e tornar-se um fã.

Os jovens costumam construir seu caráter e sua vida com o auxílio de outras pessoas e o que elas representam para estes dentro da sociedade dessa forma, surgem cada dia mais novos meios de conquistar o público jovem.

Os fenômenos midiáticos mais recentes são o grupo musical Rebeldes, o filme do canal a cabo Disney Channel High School Musical e a série de livros e filmes do bruxo Harry Potter.

Esses três fenômenos caem como uma luva para os adolescentes pois mexem com os sentimentos reprimidos de cada um fazendo com que todos almejem chegar ao mesmo patamar dos ídolos obtendo fama, popularidade, beleza, coragem, status social e realização pessoal.

Todos os programas, livros e filmes mencionados movimentam um mercado milionário com a venda de produtos relacionados desde cadernos até discursos ideológicos.

Os produtos veiculados constantemente na TV aberta ou a cabo, instigam as crianças e os adolescentes ao consumo exacerbado empregando o discurso mais presente na era do capitalismo, “você é o que você tem”.

Com a capacidade de influenciar os jovens com sua ideologia consumista, as grandes empresas vêem a possibilidade de lucrar rapidamente e em grande escala.

Vejam como o mundo pop adolescente é capaz de mudar a realidade de uma pessoa como a vida da autora da série Harry Potter que escreveu os primeiros livros quando estava desempregada e os vendeu por $ 4.000 dólares e hoje em dia ela é considerada uma das mulheres mais ricas do Reino Unido.

E o mundo pop continua sempre em evidência com novas caras e novos sucessos demonstrando o quão maleável é o mundo jovem já que este aceita os discursos empregados e toda essa máquina de produção de modismos.

E continuamos enriquecendo os cofres das grandes companhias e desses artistas relâmpago.

Para quem quiser conhecer um pouco dos quinze minutos de fama dos artistas-retrato aqui vai dois links:

http://www.disney.com.br/

http://www.rbdbr.kit.net/

Não é só ensinar a ler...

Pegando um gancho com a última postagem na qual tratei do 1º Salão do Jornalista Escritor, vou discutir com vocês um tema que ainda cerca nosso país que é o analfabetismo funcional.

Baseado na leitura de alguns textos e artigos podemos definir um analfabeto funcional como aquele indivíduo que tem a capacidade de ler e escrever mas não possui a habilidade de compreender os significados de textos escritos e de relacioná-los com sua realidade social.

Em artigo publicado no site Reescrevendo a Educação, a doutora em Educação pela PUC-SP, Vera Masagão Ribeiro afirma que: “ (...) além da preocupação com o analfabetismo, problema que ainda persiste nos países mais pobres e também no Brasil, emerge a preocupação com o alfabetismo, ou seja, com as capacidades e usos efetivos da leitura e escrita nas diferentes esferas da vida social”.

Para melhor avaliar as habilidades de leitura e escrita da população foi criado o Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional, o Inaf. O projeto data de 2001 e foi idealizado e concretizado por duas instituições não-governamentais, o Instituto Paulo Montenegro e a Ação Educativa. O objetivo do Indicador é segundo Vera Masagão Ribeiro: “(...) gerar informações que ajudem a dimensionar e compreender o fenômeno, fomentem o debate público sobre ele e orientem a formulação de políticas educacionais e propostas pedagógicas”.

Acesse e leia o artigo de Vera Masagão Ribeiro na íntegra:
http://www.reescrevendoaeducacao.com.br/2006/pages.php?recid=28

Desde sua criação o Indicador avalia pessoas entre 15 e 64 anos com
testes sobre sua capacidade de interpretação e seu acesso à educação, leitura e meios de informação como a Internet.

Os resultados do 5º Inaf realizados em 2005 mostram que 25% da população brasileira domina a leitura e a escrita. No mesmo estudo os piores resultados se apresentaram na população que compõe as classes C, D e E.

Mais detalhes da pesquisa realizada em 2005: (http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u17785.shtml)

As classes sociais mais atingidas demonstradas na pesquisa têm sérios
problemas com a falta de boas escolas públicas, um ensino planejado e também, com a falta de recursos.

Muitas escolas mantêm suas bibliotecas trancadas e sem o auxílio de profissionais para a organização das mesmas dessa forma, deixando muitos leitores sedentos por livros do lado de fora das bibliotecas.

Matéria sobre o acesso nas bibliotecas:
(http://www.abrelivros.org.br/abrelivros/texto.asp?id=2512)

Um dos muitos problemas levantados sobre o tema é o fato de muitas pessoas alfabetizadas, que concluíram até a 4ª série, não terem motivação pela leitura ou busca de informações.

A motivação deve ser gerada nas escolas e também em casa, mas, sabemos que na maioria das vezes não é o que acontece, os alunos são obrigados a ler livros que não gostam e muitas vezes em casa esse costume não é empregado por vários motivos como a falta de instrução dos pais.

Muitos jovens têm condições de adquirir informações ou ler livros, mas pela simples falta de gosto, não buscam a interação com o mundo das letras e por isso, têm muita dificuldade de interpretar textos e também de redigir textos.

Comento isso por experiência, na minha atual profissão, lecionando Inglês, tento apresentar para meus poucos alunos a magia da imaginação gerada pela leitura mas a maioria simplesmente afirma que é muito chato ler livros e que o legal é usar a Internet apenas como uma grande sala de bate-papo.

Cada dia mais novos escritores surgem, novos livros são publicados para todos os gostos e idades, cada vez mais se dá valor as pessoas bem informadas, mas, acima de tudo, o nosso governo não é capaz de pensar e por em prática medidas que proporcionem mais acesso aos livros principalmente para as crianças e adolescentes.

Talvez um dia toda aquela produção de livros, histórias, reportagens e vontade de mudar que pude presenciar no 1º Salão do Jornalista Escritor, possam chegar na casa e entrar na vida da maioria da população.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

1º Salão do Jornalista Escritor


No último feriado ( praticamente um recesso) do dia 15 de novembro, ocorreu em São Paulo, no Memorial da América Latina, o 1º Salão do Jornalista Escritor.

O primeiro dia do Salão ( 15/11) foi repleto de apresentações como entrevistas com Luís Fernando Veríssimo e Ruy Castro além das palestras-debate com Heródoto Barbeiro, Ricardo Kotscho e com o diretor do Le Monde Diplomatique, Ignácio Ramonet.

Todas as exibições foram proveitosas e trouxeram para os futuros jornalistas em sua maioria, uma nova perspectiva do que é fazer Jornalismo no nosso país e um pouco das trajetórias dos ícones da imprensa nacional.

Link para conferir informações do que aconteceu no 1º dia do evento:
http://portalimprensa.uol.com.br/portal/ultimas_noticias/2007/11/16/imprensa15456.shtml

Alguém em Especial

Devo admitir que quem realmente me chamou a atenção por seu profissionalismo e sua paixão pelo Jornalismo, em específico a reportagem, foi Ricardo Kotscho.

Kotscho já fez muita história com suas reportagens e também com seus livros publicados, como o título “Do Golpe ao Planalto - uma vida de repórter”.

Histórias à parte, o novo projeto de Ricardo Kotscho é a publicação mensal “Brasileiros”, a revista já está em sua 5ª edição e mesmo sendo tão nova, faz muito sucesso entre as pessoas que querem ver na mídia um pouco mais de Brasil, como afirma o próprio Kotscho.

Quando fiquei sabendo do lançamento de “Brasileiros” o 3º exemplar já estava circulando. Comprei uma revista e logo me encantei ao saber que um dos responsáveis por ela era Kotscho.

Li a edição de setembro de 2007 como se estivesse tendo uma aula sobre reportagem, entrevista e de como se construir um bom texto.

Admito que nesta edição a matéria que mais gostei ( claro que apreciei toda a revista) foi feita por Ricardo Kotscho intitulada “Na cola do prefeito Kassab-gerente da lei e da ordem”.

A matéria apresentou o dia do prefeito da maior cidade da América Latina tornando assim, a administração de Gilberto Kassab visível ao público leitor da revista, mas, mesmo assim o atual prefeito não me convenceu de seu profissionalismo.

Lendo a reportagem percebi a leveza da narrativa de Kotscho e como ele constrói a informação de maneira clara como se estivesse contando uma história para uma criança.

Não estou aqui para vender a revista ou simplesmente fazer marketing, escrevo isto para relatar a minha experiência com a revista e com a palestra de Ricardo Kotscho que a todo o momento mostrou humildade e prazer pela profissão, algo no qual sempre acreditei.

Devo ressaltar aqui o meu pesar por grande parte da população não ter acesso a esse tipo de Jornalismo compromissado que Kotscho e muitos outros vem fazendo.

O site da revista dá uma breve noção da edição de cada mês desde seu lançamento e quem se interessar pode acessá-lo pelo link : http://www.revistabrasileiros.com.br/ .

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Mensagem de Natal


Pois é, o tempo voa, ou melhor, ele anda no ritmo dele, nós é que vivemos correndo atrás dele é, mas não tem jeito, o Natal e o Ano Novo estão aí.

As compras e toda aquela correria de final de ano ( sem nenhuma razão específica) começou mais cedo, os shoppings já exibem suas decorações caríssimas há mais de um mês e aí começam aquelas promoções que deixam todos loucos com seu consumismo à flor da pele e para completar, temos de agüentar a choradeira de crianças que lutam contra suas mães para não serem obrigadas a sentar no colo de mais um Bom Velhinho.

TIC-TAC, TIC-TAC, TIC-TAC...

O relógio não para e o Natal se aproxima.

Compras, filas, trânsito, compras, cartões de crédito, dívidas e mais filas e um pouco mais de trânsito...

UFA!

Nessa correria passamos o mês inteiro ata que, “HO-HO-HO CHEGOU O NATAL”.

Famílias reunidas, mesas fartas e todo aquele sentimento natalino no ar.

No fim, são montes de comida desperdiçados enquanto milhares de pessoas passam fome...Familiares discutindo, ressaca coletiva, presentes que não agradam e enfim, vem o desespero e a frustração.

O triste de todo final de ano é perceber o quanto nós, seres humanos que deveríamos ser sociais por excelência, demonstramos nossa capacidade de sermos individualistas e mesquinhos.

Passamos um ou dois meses esperando para nos reunirmos e confraternizarmos mas, acabamos sozinhos, revoltados e agüentando pelo resto de nossas vidas, aquelas histórias de fracasso natalino.

Que atire a primeira pedra quem nunca viveu uma situação assim!
Vejam que eu não sou a única que vê o Natal assim, até o Papa Bento XVI critica o consumismo de final de ano:
“Os fiéis devem estar atentos à contaminação do Natal". Fonte: IstoÉ Online